Thursday, September 01, 2005

o senhor não me perdoa / eu não estar numa boa / e perder sempre a esportiva...

algo está errado quando gente que tenta defender o seu com dignidade, sem fazer mal a ninguém e dando o melhor de si só fica levando cagada na cabeça.

chega por e-mail o desabafo de um amigo que, por ter expressado desejo (mais do que justo) de receber um aumento na empresa onde trabalha primeiro ouve um "você têm razão" do chefe e depois seus superiores (sic) ficam agindo como se a empresa estivesse fazendo um favor ao acenar com a possibilidade de acatar ao pedido. coisa do tipo "você não quer ganhar mais? ué, eu não estou vendo aumento na sua produtividade. você tem que fazer por onde, tem um um monte de gente aí que faria o seu trabalho pelo que você já ganha, ou por menos."

dois dias atrás, um amigo revela entre cervejas que já ficou uma semana sem dormir por conta de trabalho. não estou falando de um chefão da globo workaholic que tira o equivalente a três anos de trabalho de qualquer um de nós em um mês, tem iate em angra e mora numa cobertura na barra. falo de um bolsista cujo salário mal garante o aluguel e os vícios.

eu mesmo tenho tido que agüentar o pedantismo de certos babacas do meu metiér que se acham donos da verdade e, portanto, no direito de diminuir o trabalho dos outros.

enquanto isso, abro o jornal e me deparo com a seguinte manchete: "congresso aproveita crise e aumenta os próprios gastos." e, na matéria, "a média salarial no congresso é de R$9.500."

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eu sei que assim fica até difícil de falar de literatura, mas, como diria fausto wolff, antes que eu vomite no teclado, gostaria de agradecer aqui aos heróis que enriqueceram o segundo encontro do "conversando literaturas", na terça passada, na sala 412 do bloco B, no campus do gragoatá da uff: marlon, isa, ivan, fsx, adriana, ricardo "simpatia", maíra, jean e todos os demais que me dão um pouco mais de esperança na humanidade. para uma crônica definitiva de como foi o encontro, visitem o continuo sendo ignorado sistematicamente, do escritor e dublê de monitor marlon magno.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

É, amigo Fabiano, o reconhecimento parece ser para poucos...

"Tem um monte de gente que faria seu trabalho por menos", você diz. E é isso que ilustra o pedido dos anúncios de empregos:

"Ao enviar currículo, coloque sua pretensão salarial".

Quanto se vale?Quer pagar quanto?

É por isso que não acredito mais no conceito de fidelidade laboral, por assim dizer...

7:57 PM  

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