crepuscular
não quero fazer
a apologia do meu desespero,
embora não me falte motivos
para pensar que ele,
e somente ele, me mantém vivo.
nem quero que minha apatia e desapego
sejam bandeiras de exortação
ao vencido,
embora não me falte motivos
para vê-los como arrimo.
sendo apenas um dos muitos que morrerão,
quero apenas viver para presenciar
o meu próprio apocalipse.
a apologia do meu desespero,
embora não me falte motivos
para pensar que ele,
e somente ele, me mantém vivo.
nem quero que minha apatia e desapego
sejam bandeiras de exortação
ao vencido,
embora não me falte motivos
para vê-los como arrimo.
sendo apenas um dos muitos que morrerão,
quero apenas viver para presenciar
o meu próprio apocalipse.
3 Comments:
Caramba!! Quanta alegria!! Vc esqueceu de pesar as coisas que valem a pena: a bebedeira... os vícios e tudo que, em geral, "é ilegal, é imoral ou engorda".
Bom texto. O desespero que me mantém vivo me fez lembrar a árvore que é o galo e que se sustenta do grito... Ferreira Gullar.
Abraço.
Max
Vivenciar o desespero ,
entregando-se as palavras, é bem melhor do que render-se ao silêncio.Palavras, meu caro, são definitivamente tuas aliadas.Parabéns! Linda poesia!
Obrigada por ter colocado vôo de mulher no teu link.Nos cinco anos em q estudamos juntos, eu não me mostrei poeta, pq estava "desesperadamente" dentro de uma concha. Passe lá mais vezes!
Voltando ao seu blog, não pude deixar de ler este poema novamente. A maneira dialética como descreves o teu desespero emociona. Passe lá no voodemulher e deixe teus comentários.
abçs.
Luciane
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